segunda-feira, 31 de maio de 2021
quarta-feira, 26 de maio de 2021
terça-feira, 25 de maio de 2021
Escritor premiado
quinta-feira, 20 de maio de 2021
GRANDES VULTOS DA LITERATURA PORTUGUESA
José Maria de Eça de
Queiroz
Escritor e Diplomata
Português
Nascimento: Póvoa de
Varzim, 25 de novembro de 1845
Falecimento: Neuilly-sur-Seine,
16 de agosto de 1900
Curiosidades: Eça de Queiroz foi considerado um dos maiores escritores em língua portuguesa do século XIX. Notabilizou-se pela originalidade e riqueza do seu estilo e linguagem, o realismo descritivo. A sua obra “Os Maias” é considerada por muitos o melhor romance realista português do século XIX.O escritor notabilizou-se ainda pela crítica social constante nos seus romances.
Depois de ter sido entregue ao cuidado de uma
ama, foi viver para a casa de Verdemilho em Aradas, Aveiro, a casa da sua avó paterna.
Posteriormente foi internado no Colégio da Lapa, no Porto, de onde saiu em
1861, com dezasseis anos, para a Universidade de Coimbra, onde estudou Direito.
Em Coimbra, Eça foi amigo do escritor Antero de Quental.
Em 1866, o escritor terminou a sua
licenciatura em Direito e passou a viver em Lisboa, exercendo advocacia e
jornalismo.
Em 1869 e 1870 fez uma
viagem de seis semanas ao Oriente, em companhia de D. Luís de Castro, 5º Conde
de Resende, irmão da sua futura mulher, D. Emília de Castro, tendo assistido no
Egito à inauguração do canal de Suez e visitaram ainda a Palestina.
Em 1870 ingressou na Administração Pública,
tendo sido nomeado Administrador do Concelho de Leiria.
Tendo ingressado na Carreira Diplomática, em
1873 foi nomeado Cônsul de Portugal em Havana. Mais tarde exerceu o cargo em Inglaterra,
entre 1874 e 1878, nas cidades de Newcastle e Bristol.
Mais tarde, em 1888 seria nomeado Cônsul, em
Paris.
Aos quarenta anos casou com Emília de Castro
com quem teve quatro filhos: Alberto, António, José Maria e Maria.
Faleceu na sua casa de Neuilly-sur-Seine,
perto de Paris e teve funeral de Estado. Repousa agora em Santa Cruz do Douro,
Baião.
Os seus trabalhos foram traduzidos em
aproximadamente vinte línguas.
Algumas
das principais obras de Eça de Queiroz:
O Mistério da Estrada de Sintra
O Crime do Padre Amaro
A Tragédia da Rua das Flores
O Primo Basílio
A Relíquia
Os Maias
A Ilustre Casa de Ramires
A Cidade e as Serras
Cartas de Inglaterra
Ecos de Paris
terça-feira, 18 de maio de 2021
Grandes Vultos da Literatura Portuguesa
David de Jesus Mourão
Ferreira
Escritor e Poeta
Português
Nascimento: Lisboa, 24
de fevereiro de 1927
Falecimento: Lisboa, 16
de junho de 1996
Curiosidades: Era filho
de David Ferreira, secretário do diretor da Biblioteca Nacional e de sua mulher
Teresa Mourão. Nasceu no extremo ocidental do bairro da Lapa, em Lisboa, numa
casa onde viveu até aos quinze anos. Frequentou o Colégio Moderno e
licenciou-se em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa, em 1951. Tornou-se Assistente da referida Faculdade em 1958 e foi Secretário-geral
da Sociedade Portuguesa de Autores.
Teve uma ativa colaboração em jornais e revistas dos quais se destacam: “O Diário Popular”, “Seara Nova” e “Távola Redonda”. Assim, a atividade poética de David Mourão Ferreira começou a ganhar relevo enquanto uma alternativa poética, de pendor lirista, à poesia social.
Considerado um dos maiores poetas
contemporâneos portugueses do século XX, ganhou notoriedade junto do grande
público com os poemas de sua autoria cantados por Amália Rodrigues, tais como:
“Sombra”, “Maria Lisboa”, “Anda o Sol na Minha Rua”, “Fado”, “Peniche” e
sobretudo “Barco Negro”, entre outros.
Ficaram ainda conhecidos outros fados da sua
autoria, tais como: “Escadaria sem Corrimão” ou “Lembra-te Sempre de Mim”, que
viriam a ser interpretados anos depois por Camané.
Foi diretor do jornal “A Capital” e Adjunto do
jornal “O Dia”, desempenhou o cargo de Secretário de Estado da Cultura e
assinou o despacho que criou “A Companhia Nacional de Bailado”. Foi autor de
alguns programas de televisão, de que se destacam “Imagens da Poesia Europeia”.
Recebeu vários prémios, entre eles: Prémio
Ricardo Malheiros, Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos
Literários, Grande Prémio de Romance e Novela, Prémio Literário Município de
Lisboa, Prémio D. Dinis, Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade
Portuguesa de Autores.
Algumas das principais
obras de David Mourão Ferreira:
Os Quatro Cantos do Tempo
Maria Lisboa
Do Tempo ao Coração
A Arte de Amar
Cancioneiro de Natal
Matura Idade
Sonetos do Cativo
Os Ramos e os Remos
Barco Negro
Novelas de Gaivotas em Terra
As Quatro Estações
Um Amor Feliz
segunda-feira, 10 de maio de 2021
domingo, 9 de maio de 2021
quarta-feira, 5 de maio de 2021
Falar português
domingo, 2 de maio de 2021
A mãe
A mãe
é uma árvore
e eu sou uma flor.
A mãe
tem olhos altos como estrelas.
Os seus cabelos brilham
como o sol.
A mãe
faz coisas mágicas:
transforma farinha e ovos
em bolos,
linhas em camisolas,
trabalho em dinheiro.
A mãe
tem mais força do que o vento:
carrega sacos e sacos do supermercado
e ainda me carrega a mim.
A mãe
quando canta
tem um pássaro na garganta.
A mãe
conhece o bem e o mal.
Diz que é bem partir pinhões
e partir copos é mal.
Eu acho tudo igual.
A mãe
sabe para onde vão
todos os autocarros,
descobre as histórias que contam
as letras dos livros.
A mãe
tem na barriga um ninho.
É lá que guarda
o meu irmãozinho.
A mãe
podia ser só minha.
Mas tenho de a emprestar
a tanta gente…
Poema de Luísa Ducla Soares com imagem de Pablo Picasso, no Dia da Mãe.