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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Janeiras

A cantar-vos as janeiras
aqui estamos reunidos
Desejamos um bom ano
aos amigos muito queridos.

Cancioneiro popular


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Cantar os reis


Reis

Partiram os três Reis Magos
Às partes do Oriente
A estrela que os guiava
Era Deus omnipotente

Herodes por ser malvado
Com seus processos "malinos"
Mandou ensinar aos reis

Às avessas o caminho

Afastados de Belém
Lá viram estar o Menino
Também viram a Senhora
Assentada num assento
Venha-nos dar a esmola
Em honra do nascimento.


As palavras são do povo
A ilustração é anónima
Juntas, lembram-nos que cantar as janeiras ou cantar os reis, ainda é tradição.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cantar as janeiras

Natal dos simples

Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pão e vinho novo
Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura

Palavras cantadas por Zeca Afonso
Pintura de Margaret Loxton

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Janeiras


 Janeiras

Ó de casa, alta nobreza,
Mandai-nos abrir a porta,
Ponde a toalha na mesa
Com caldo quente da horta!

Teni, ferrinhos de prata,
Ao toque desta sanfona!
Trazemos ovos de prata
Fresquinhos, prá vossa dona.

Senhora dona de casa,
À ilharga do seu Joaquim,
Vermelha como uma brasa
E alva como um jasmim!

Vimos honrar a Jesus
Numas palhinhas deitado:
O candeio está sem luz
Numa arribana de gado.

Mas uma estrela dianteira
Arde no céu, que regala!
A palha ficou trigueira,
Os pastorinhos sem fala.

Dá-lhe calorzinho a vaca,
O carvoeiro uma murra,
A velha o que traz na saca,
Seus olho mansos a burra.

Já as janeiras vieram,
Os Reis estão a chegar,
Os anos amadurecem:
Estamos para durar!

Já lá vem Dom Melchior
Sentado no seu camelo
Cantar as loas de cor
Ao cair do caramelo.

O incenso, mirra e oiro,
Que cheirais e luzis tanto,
Não valeis aquele tesoiro
Do nosso Menino santo!

Abride a porta ao peregrino,
Que vem de num longe, à neve,
De ver nascer o Menino
Nas palhinhas do preseve.

Acabou-se esta cantiga,
Vamos agora à chacota:
Já enchemos a barriga,
Sigamos nossa derrota!

Rico vinho, santa broa
Calça o fraco, veste os nus!
Voltaremos a Lisboa
Pró ano, querendo Jesus.
Poema de Vitorino Nemésio
Pintura de Nikoforos Lytras (1832-1904)