Guia da BE

terça-feira, 29 de junho de 2021

São Pedro

São Pedro, meu padroeiro
Trazes as chaves na mão.
Vê se encontras o meu amor
Para abrir meu o coração!

 As noites de Santo António
São frescas e deslumbrantes,
As de São João são quentes,
As de São Pedro escaldantes.

Dei um cravo a Santo António
Levei outro a São João,
A São Pedro não dei cravos
Mas ofereci-lhe o coração.

Historiador premiado

O historiador José Manuel Cordeiro venceu o Prémio Grémio Literário 2020, com a obra 1820. Revolução Liberal do Porto. 

terça-feira, 22 de junho de 2021

Céu ondulado

Há nuvens para tudo
para todos os gostos.
Ou barcos parados
no céu ondulado
das tardes de Agosto
ou lenços rasgados
pelos nervos do vento
dum Maio indisposto...

Poema de António Torrado (1939-2021).

O paraíso

Junho floreiro, paraíso verdadeiro.

Provérbio popular com imagem de Claude Monet.

segunda-feira, 21 de junho de 2021


 GRANDES VULTOS DA LITERATURA PORTUGUESA

Lídia Jorge

Romancista e Contista Portuguesa 
Nascimento: Loulé, Boliqueime, 18 de junho de 1946 

Curiosidades: Viveu os anos mais conturbados da Guerra Colonial em África. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. Como professora do ensino secundário publicou regularmente artigos na imprensa. O tema da mulher e da sua solidão é uma preocupação central da obra de Lídia Jorge. Escreveu romances de relevo, nos quais encerra uma grande capacidade inventiva, retratando o marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. Num dos seus romances aborda também a relação entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma sociedade de contrastes.
 A escritora venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores e o Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas. 

  Algumas das principais obras de Lídia Jorge:

  Pensar o Futuro
  Em todos os Sentidos
  O Vento Assobiando nas Gruas
  O Livro das Tréguas
  O Conto do Nadador
  O Conto da Isabelinha
  Estuário
  Os Memoráveis
  O Amor em Lobito Bay
  A Instrumentalina
  Histórias do Mar-da-Palha
  Os Memoráveis
  Combateremos a Sombra
  A Noite das Mulheres Cantoras
  O Dia dos Prodígios
  Romance do Grande Gatão
  Contrato Sentimental
  O Herói das Novelas
  O Vale da Paixão
  Praça de Londres
  O Grande Voo do Pardal
  O Belo Adormecido
  O Cais das Merendas
  A Costa dos Murmúrios
  O Jardim sem limites
  Notícia da Cidade Silvestre

sábado, 19 de junho de 2021

Projeto Curricular de Turma 8º H
Projeto interdisciplinar de turma
"Sustentabilidade ambiental"
Professora de CN: Isabel Silva

 

Projeto Curricular de Turma 8º H
Projeto interdisciplinar de turma
"O nosso corpo é o nosso mundo"
Coordenadora: Michelle Bastos
Este vídeo foi elaborado nas aulas de Português/Oficina de Teatro


 

Projeto Curricular de Turma 8º H
Projeto interdisciplinar de turma
"Sustentabilidade ambiental"
Coordenadora: Michelle Bastos

 

domingo, 13 de junho de 2021

Santo António

Santo António e o Menino
Que lindos que eles são!
Está Jesus num desatino,
O frade esquece o sermão…

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Onde o mar começa

Eis aqui, quase cume da cabeça
De Europa toda, o Reino Lusitano,
Onde a terra se acaba e o mar começa...

Palavras de Camões sobre este país que o viu nascer.

Lágrimas de Portugal

Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

O poema é de Fernando Pessoa e a imagem de José Malhoa.

sábado, 5 de junho de 2021

terça-feira, 1 de junho de 2021

Escritora premiada

Ana Luísa Amaral venceu o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana 2021.

Quando as crianças brincam...

Quando as crianças brincam
E eu as oiço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar.

E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém. 

Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração.

O poema é de Fernando Pessoa e a imagem de Corinne Hartley.


 Grandes Vultos da Literatura Portuguesa

Agustina Bessa-Luís

Escritora 

Nascimento: Vila Meã, Amarante, 15 de outubro de 1922

Falecimento: Porto, 3 de junho de 2019

Curiosidades: Agustina Bessa Luís era filha do empresário Artur Teixeira Bessa e de sua mulher Laura Jurado Ferreira. O pai de Agustina viveu no Brasil onde se dedicou à exploração de casas de espetáculo e depois de regressar a Portugal tornou-se gerente do casino da Póvoa. As contingências da sua vida levaram a família a viver em vários lugares do Norte e do Douro, tais como: Gaia, Porto, Póvoa de Varzim, Águas Santas, Bagunte, Vila do Conde e Godim.

  A relação com a região, durante largas temporadas da sua infância e adolescência, marcaria de forma indelével a obra da escritora.

  Desde muito jovem que Agustina se interessou por livros, descobrindo na biblioteca do avô materno, os clássicos da literatura espanhola, francesa e inglesa, marcantes na sua formação literária.

 Viveu quase sempre na cidade do Porto e durante uns cinco anos em Coimbra. Casou com uma pessoa culta, o estudante de Direito, Alberto Luís, uma pessoa culta com quem se correspondia. Do seu casamento nasceram: Alberto, Leonor e Lourença Agustina.

  Estreou-se como uma brilhante romancista e “A Sibila” constituiu um enorme sucesso que lhe trouxe imediato reconhecimento geral, Foi com este livro que atingiu a total maturidade do seu processo criativo.

  É conhecido o seu interesse pela vida e obra de um dos grandes expoentes da escola romântica, Camilo Castelo Branco, primeiro visconde de Correia Botelho, cuja herança se faz sentir quer a nível temático, quer a nível da técnica narrativa.

  Vários dos seus romances foram adaptados ao cinema pelo realizador Manoel de Oliveira, com quem manteve uma reação de amizade e de colaboração próxima.

  O seu romance “As Fúrias” foi também adaptado para teatro e encenado por Filipe La Féria, (Teatro Nacional D. Maria II).

  A sua criação era extremamente fértil e variada e foi traduzida em várias línguas. Também participou num pograma da RTP “Ela por Ela”, sobre provérbios e aforismos.

  A Autora revela grande preocupação pela condição social e cultural dos Portugueses, particularmente interessada em perscrutar o passado, recorrendo à ficção para problematizar o conhecimento histórico e vivencial.

  Em julho de 2006, deixou de escrever e retirou-se da vida pública devido a razões de saúde. A Escritora foi distinguida com vários prémios e condecorações.

Algumas das principais obras de Agustina Bessa-Luís

  A Sibila

  A Muralha

  O Susto

  As Pessoas Felizes

  As Fúrias

  Os Meninos de Ouro

  Adivinhas de Pedro e Inês

  Um Presépio Aberto

  Um Cão que Sonha

  A Vida e a Obra de Florbela Espanca

  A Bela Portuguesa

  Camilo: Género e Figura

  Douro

  Os Dezasseis Brasões

  A Bela Adormecida