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segunda-feira, 25 de abril de 2022
domingo, 25 de abril de 2021
quinta-feira, 26 de abril de 2018
25 de Abril
25 de Abril
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Poema de Abril
A farda dos homens
voltou a ser pele
(porque a vocação
de tudo o que é vivo
é voltar às fontes).
Foi este o prodígio
do povo ultrajado,
do povo banido
que trouxe das trevas
pedaços de sol.
voltou a ser pele
(porque a vocação
de tudo o que é vivo
é voltar às fontes).
Foi este o prodígio
do povo ultrajado,
do povo banido
que trouxe das trevas
pedaços de sol.
Foi este o prodígio
de um dia de Abril,
que fez das mordaças
bandeiras ao alto,
arrancou as grades,
libertou os pulsos,
e mostrou aos presos
que graças a eles
a farda dos homens
voltou a ser pele.
de um dia de Abril,
que fez das mordaças
bandeiras ao alto,
arrancou as grades,
libertou os pulsos,
e mostrou aos presos
que graças a eles
a farda dos homens
voltou a ser pele.
Minha pátria linda
de cabelos soltos
correndo no vento,
sinto um arrepio
de areia e de mar
ao ver-te feliz.
Com as mãos vazias
vamos trabalhar,
a farda dos homens
voltou a ser pele.
de cabelos soltos
correndo no vento,
sinto um arrepio
de areia e de mar
ao ver-te feliz.
Com as mãos vazias
vamos trabalhar,
a farda dos homens
voltou a ser pele.
Sidónio Muralha
25 de Abril
Vejam bem
E se
houver
uma praça de gente madura
ninguém vai
ninguém vai levantá-lo do chão
Poema de Zeca Afonso.
Vejam bem
que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar
quando um homem se põe a pensar
que não há só gaivotas em terra
quando um homem se põe a pensar
quando um homem se põe a pensar
Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar
E se houver
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de de febre a arder
uma praça de gente madura
e uma estátua
e uma estátua de de febre a arder
Anda alguém
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer
e não há quem lhe queira valer
pela noite de breu à procura
e não há quem lhe queira valer
e não há quem lhe queira valer
Vejam bem
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão
desbravando os caminhos do pão
daquele homem a fraca figura
desbravando os caminhos do pão
desbravando os caminhos do pão
uma praça de gente madura
ninguém vai
ninguém vai levantá-lo do chão
Poema de Zeca Afonso.
sábado, 25 de abril de 2015
segunda-feira, 28 de abril de 2014
Ainda o 25 de Abril
A Hemeroteca Municipal de Lisboa disponibiliza um dossier sobre o 25 de Abril que podes consultar aqui.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Abril de Abril
Era um Abril
de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.
Era um Abril
comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil
Abril sem adjectivo Abril de Abril.
ainda só ardor e sem ardil
Abril sem adjectivo Abril de Abril.
Era um Abril
na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.
Abril de
vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.
Era um Abril
viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.
Era um Abril
de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas.
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Abril por fazer
Abril de Sim Abril de Não
Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
Poema de Manuel Alegre.
Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.
Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.
Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.
Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.
Poema de Manuel Alegre.
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