Sol de Dezembro sai tarde e põe-se cedo.
A imagem é de Joseph Farquharson, pintor escocês (1846-1935).
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
domingo, 22 de dezembro de 2013
Prelúdio de Natal
Tudo principiava
pela cúmplice neblina
que vinha perfumada
de lenha e tangerinas
Só depois se rasgava
a primeira cortina
E dispersa e dourada
no palco das vitrinas
a festa começava
entre odor a resina
e gosto a noz-moscada
e vozes femininas
A cidade ficava
sob a luz vespertina
pelas montras cercada
de paisagens alpinas.
David Mourão Ferreira
pela cúmplice neblina
que vinha perfumada
de lenha e tangerinas
Só depois se rasgava
a primeira cortina
E dispersa e dourada
no palco das vitrinas
a festa começava
entre odor a resina
e gosto a noz-moscada
e vozes femininas
A cidade ficava
sob a luz vespertina
pelas montras cercada
de paisagens alpinas.
David Mourão Ferreira
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Poeta Virgílio
O teu retrato
Ainda não nasceste e és já o atento
olhar e o receptáculo, ternura, gesto
e fluidez na respiração, boca que busca
a outra boca, a deslumbrada crista
és já violência e doçura, o espaço
da meditação, o olhar que se desdobra
e é floresta e mar, o fogo e o segredo
que incendeia o corpo interior, vertigem.
da meditação, o olhar que se desdobra
e é floresta e mar, o fogo e o segredo
que incendeia o corpo interior, vertigem.
Ainda não nasceste e és já o desejo
que se transcende e perscruta e apreende
e subverte na subversão do que sente
e vê e pensa, e é reflexão que galopa,
e capta e inquieta, tu e outro,
o verso e o reverso do que é, e vai ser.
O poema é de Virgílio de Lemos, poeta moçambicano falecido na semana passada.
que se transcende e perscruta e apreende
e subverte na subversão do que sente
e vê e pensa, e é reflexão que galopa,
e capta e inquieta, tu e outro,
o verso e o reverso do que é, e vai ser.
O poema é de Virgílio de Lemos, poeta moçambicano falecido na semana passada.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Desfado
O jornal inglês "Sunday Times" considerou "Desfado" o melhor disco do ano 2013 na categoria de Música do Mundo.
Aqui fica uma das músicas deste álbum:
Aqui fica uma das músicas deste álbum:
Escritor premiado
O escritor brasileiro, José Luiz Passos, venceu o Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Mandela
"A educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o Mundo."
Nelson Mandela morreu hoje mas as suas palavras ficam.
Nelson Mandela morreu hoje mas as suas palavras ficam.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Escritora premiada
Maria Velho da Costa ganhou o prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores.
Podes saber mais aqui.
Podes saber mais aqui.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
Livro caro
Um livro de salmos publicado em 1640 em território americano foi vendido a semana passada por mais de 10 milhões de euros. É o livro mais caro vendido até hoje.
Podes saber mais aqui.http://www.publico.pt/cultura/noticia/primeiro-livro-impresso-nos-estados-unidos-vendido-por-mais-de-dez-milhoes-de-euros-1614095#/0
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Ilustração premiada
O ilustrador André Letria foi distinguido pela Associação Profissional de Ilustradores da Catalunha, pelo livro "Mar".
Bullying
Não faltes.
sábado, 23 de novembro de 2013
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
terça-feira, 19 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Escritor premiado
Rentes de Carvalho ganhou o Prémio de Crónica Associação Portuguesa de Escritores/Câmara Municipal de Sintra, com "Mazagran", colecção de crónicas publicadas em jornais holandeses.
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Homem das castanhas
Na Praça da Figueira,
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do Outono, à esquina do Inverno,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
e apregoa como um desafio.
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do Outono, à esquina do Inverno,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
e apregoa como um desafio.
É um cartucho pardo a sua vida,
e, se não mata a fome, mata o frio.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma castanha que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
o homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a tristeza.
e, se não mata a fome, mata o frio.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma castanha que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
o homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a tristeza.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.
A mágoa que transporta a miséria ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.
Adivinhas?
Tenho camisa e casaco
Sem remendo nem buraco
Estoiro como um foguete
Se alguém no lume me mete.
Qual a coisa
qual e ela
Tem três capas de Inverno
A segunda é lustrosa
A terceira é amargosa.
Tem três capas de Inverno
A segunda é lustrosa
A terceira é amargosa.
Tem casca
bem guardada
Ninguém lhe pode mexer
Sozinha ou acompanhada
Em Novembro nos vem ver.
A resposta a estas adivinhas está na imagem, uma pintura do italiano Giacomo Ceruti (1698-1767).Ninguém lhe pode mexer
Sozinha ou acompanhada
Em Novembro nos vem ver.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Albert Camus
"Tenho uma pátria: é a língua francesa".
Palavras de Albert Camus, nascido há 100 anos. Podes saber mais sobre este escritor francês aqui.
Palavras de Albert Camus, nascido há 100 anos. Podes saber mais sobre este escritor francês aqui.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Álvaro Cunhal
Abre amanhã na Biblioteca Nacional uma exposição que assinala o centenário do nascimento de Álvaro Cunhal. Podes saber mais aqui.
100 mais
Filipa Fonseca e Silva conseguiu entrar para a lista dos 100 mais vendidos pela Amazon, na categoria ficção.
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