Ainda não nasceste e és já o atento
olhar e o receptáculo, ternura, gesto
e fluidez na respiração, boca que busca
a outra boca, a deslumbrada crista
és já violência e doçura, o espaço
da meditação, o olhar que se desdobra
e é floresta e mar, o fogo e o segredo
que incendeia o corpo interior, vertigem.
da meditação, o olhar que se desdobra
e é floresta e mar, o fogo e o segredo
que incendeia o corpo interior, vertigem.
Ainda não nasceste e és já o desejo
que se transcende e perscruta e apreende
e subverte na subversão do que sente
e vê e pensa, e é reflexão que galopa,
e capta e inquieta, tu e outro,
o verso e o reverso do que é, e vai ser.
O poema é de Virgílio de Lemos, poeta moçambicano falecido na semana passada.
que se transcende e perscruta e apreende
e subverte na subversão do que sente
e vê e pensa, e é reflexão que galopa,
e capta e inquieta, tu e outro,
o verso e o reverso do que é, e vai ser.
O poema é de Virgílio de Lemos, poeta moçambicano falecido na semana passada.
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