Quando chega
domingo,
faço tenção
de todas as coisas mais belas
que um homem pode fazer na vida.
que um homem pode fazer na vida.
Há quem vá
para o pé das águas
deitar-se na areia e não pensar…
deitar-se na areia e não pensar…
E há os que vão para o campo
cheios de grandes sentimentos bucólicos
porque leram, de véspera, no boletim do jornal:
« Bom tempo para amanhã »…
Mas uma maioria sai para as ruas pedindo,
pois nesse dia
aqueles que passeiam com a mulher e os filhos
são mais generosos.
(…)
O pior é pensar
que hei-de fazer hoje, que toda a gente anda alegre
como se fosse uma festa ?…
que hei-de fazer hoje, que toda a gente anda alegre
como se fosse uma festa ?…
(…)
Domingo que
vem,
eu vou fazer as coisas mais belas
que um homem pode fazer na vida !
eu vou fazer as coisas mais belas
que um homem pode fazer na vida !
As palavras são de Manuel da
Fonseca (1958); a imagem é de Gustave Caillebotte, um pintor francês do séc. XIX.
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