Sentada num rochedo à beira-mar
Sentada num rochedo à beira-mar,
Sinto a brisa e as ondas a chamar.
Olho o céu
E conto as estrelas a cintilar.
Olhei o horizonte,
E vi-te a chegar, Numa canoa de madeira,
No outro lado do mar.
Vinhas fraco e precisavas de descansar,
Ofereci-te ajuda
E um ombro onde deitar...
De manhã o pequeno-almoço feito,
E tu a sorrir para mim,
O que seria o princípio,
De uma história de amor sem fim...Os dias juntos passamos,
Na areia a falar,
E depois de te conhecer,
Ao teu lado queria ficar
Dunas subimos,
E mostrei-te caminhos de encantar,
Prometemos um ao outro,
Que jamais nos íamos separar!
E quando o sol caía no mar,
Davas-me um beijo
E um abraço que prometias não largar...
A canoa remendamos,
Mas tu querias ficar,
Na nossa ilha, que era agora o teu lar.
E estávamos os dois,
Naquele lugar,
Onde queríamos ver, um dia,
Crianças a brincar.
Um dia acordei,
E ao meu lado não te encontrei,
Fui ver na praia,
Mas nem a canoa achei.
Foste-te embora,
Sem sequer avisar!
E os nossos planos?
E a nossa ilha de encantar?
Deixaste-me sozinha
Numa ilha agora de assombrar...
E eu continuo à tua espera,
Sentada num rochedo à beira mar.
As palavras são de Joana Brites do 9º D. A imagem é do pintor americano Jeremy Lipking.
Lindo!
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