Guia da BE

quarta-feira, 4 de março de 2015

Felizes

Felizes. Porque, ao fundo de si mesmos,
cheios andam de quanto vão pensando.
E, disso cheios,
nada mais sabem. Dão para aquele lado
onde o mundo acabou, mas resta o eco
de o haverem pensado até ao cabo
e irem agora criar o movimento
que subsiste no tempo
de o mundo ainda estar a ser criado.
Por isso são felizes. Foram sendo
até, perdido o tempo, só em memória o estarem
                                                                       habitando. 

O poeta Fernando Echevarría venceu o Prémio Casino da Póvoa, atribuído no Correntes d'Escritas.

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