Como quem
num dia de Verão abre a porta de casa
E espreita
para o calor dos campos com a cara toda,
Às vezes, de
repente, bate-me a Natureza de chapa
Na cara dos
meus sentidos,
E eu fico
confuso, perturbado, querendo perceber
Não sei bem
como nem o quê...
Mas quem me
mandou a mim querer perceber?
Quem me
disse que havia que perceber?
Quando o
Verão me passa pela cara
A mão leve e
quente da sua brisa,
Só tenho que
sentir agrado porque é brisa
Ou que
sentir desagrado porque é quente,
E de
qualquer maneira que eu o sinta,
Assim,
porque assim o sinto, é que é meu dever senti-lo...
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