Tira-me o
pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas
não me tires o teu riso.
(...)
Ri-te da
noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
curvas da ilha,
ri-te deste rapaz
desajeitado que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando os meus passos se forem,
quando os meus passos voltarem,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas o teu riso nunca
porque sem ele morreria.
Poema de Pablo Neruda com imagem de Christian Chapman.
Sem comentários:
Enviar um comentário