CAMÕES – 500 anos
Representante máximo do Classicismo Português, além da poesia épica, Camões escreveu versos líricos e dramáticos. A maior parte da obra lírica de Camões é composta de sonetos, seguindo a “médida nova” com uma estrutura métrica de quatorze versos, dispostos em dois quartetos e dois tercetos, como no poema a seguir:
"Amor é fogo que arde sem se ver"
«Amor é fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente,
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer,
É um não querer mais que bem querer,
É um andar solitário por entre a gente,
É nunca contentar-se de contente,
É cuidar que se ganha em se perder,
É querer estar preso por vontade,
É servir a quem vence, o vencedor,
É ter com quem nos mata, lealdade.
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